quarta-feira, 23 de julho de 2008

Asma ou Bronquite O QUE É: também conhecida como bronquite asmática, é uma inflamação dos brônquios e bronquíolos desencadeada pelo contato com substâncias irritantes ou por infecções respiratórias causadas por vírus e bactérias. "É comum que a asma dê seus primeiros sinais após algum resfriado ou gripe", alerta Renata Cocco. Estes elementos irritam a mucosa nasal, produzindo catarro em excesso e reduzindo o calibre dos tubos responsáveis pela passagem de ar, o que dificulta a respiração. "A doença tem componentes genéticos, ou seja, crianças com casos de asma na família estão mais propensas a desenvolvê-la", explica Renata. Os fatores desencadeantes da asma são chamados de alérgenos e os principais são: ácaro, poeira, mofo, pólen e pêlo de animais. Alguns outros fatores como fumaça, poluição e alterações bruscas de temperatura também podem piorar o quadro. Entre os sintomas estão tosse, acompanhada ou não de catarro, falta de ar, chiado e aperto no peito. Eles podem aparecer a qualquer momento do dia, porém são mais freqüentes no período da manhã e da noite, quando há queda de temperatura. O diagnóstico é feito por análise clínica, na qual o médico observa os sintomas do paciente e o histórico familiar da doença, e da espirometria, exame que quantifica o volume de ar que sai do pulmão. COMO EVITAR: o ideal é deixar o ambiente em que a criança freqüenta bem higienizado. "Para isso deve-se evitar tudo o que acumula poeira como cortinas de tecido, carpetes, plantas com xaxim, bichinhos de pelúcia, livros em estantes, além de aquários, que formam bolor, e cigarro", orienta Gilberto Petty, pediatra e pneumologista infantil da Unifesp, Universidade Federal de São Paulo. Também é importante que o colchão e o travesseiro do bebê tenham uma capa própria contra alérgenos e que se use edredom em vez de cobertor. TRATAMENTOS: não há uma cura definitiva para o problema, mas o médico costuma indicar medicamentos nos momentos de crise asmática, geralmente um antiinflamatório (inalado via oral), como o corticóide. Rinite O QUE É: trata-se de uma inflamação da mucosa nasal medicamentosa ou alérgica. Assim como a asma, ela é desencadeada pelo contato com substâncias alérgenas, mas em vez de atingir as vias aéreas inferiores (brônquios e bronquíolos), surge nas vias superiores, ou seja, no nariz. "Os alergênicos como fezes de ácaros e de baratas, mofo e mudanças bruscas de temperatura aumentam a produção de muco no nariz, obstruindo a respiração", esclarece Renata Cocco. O resultado são espirros, coriza, coceira e entupimento do nariz. A doença também tem componentes genéticos e pode ser desencadeada após um resfriado ou gripe, devido ao acúmulo de muco. O diagnóstico é feito com uma análise clínica do histórico da doença do bebê e da família, exame de sangue e testes cutâneos para descobrir se há alergia ou não. COMO EVITAR: o segredo é deixar o ambiente onde a criança vive bem higienizado. "Deve-se evitar o acúmulo de poeira e mofo, retirando bichinhos de pelúcia do quarto e ficando atenta para a existência de baratas na casa", fala Gilberto Petty. TRATAMENTO: não há como curá-la definitivamente, mas seus sintomas podem ser aliviados com o uso de antiinflamatórios específicos em forma de comprimido ou de spray, indicados nos momentos de crise. Uma boa medida para proteger os pequeninos das doenças mais comuns no inverno é manter as roupinhas sempre limpas, o quartinho arejado (mas sem expôr o nenê ao vento gelado) e livre de poeira, além de caprichar na alimentação dos que já comem papinhas e manter a coberta sempre por perto BRONQUIOLITE O QUE É: cerca de 70% dos casos desta doença são causados por um pneumovírus chamado VSR (Vírus Sincicial Respiratório). Comum no mundo todo, ele se caracteriza por ser sazonal ao se espalhar principalmente durante o outono e o inverno. Segundo o diretor médico do Centro de Prematuros do Estado do Rio de Janeiro, Luís Eduardo Miranda, a cada ano, entre 2 e 4 milhões de crianças da Terra com idade abaixo de 4 anos são infectadas pelo vírus. Os sintomas iniciais do contágio são equivalentes aos da gripe, tais como coriza, catarro e febre, que duram de sete a 15 dias. "Mas quando a bronquiolite está instalada, ou seja, quando há inflamação das vias aéreas inferiores, a criança apresenta respiração rápida, com chiado, cansaço e, em casos raros, dificuldade para respirar", explica a pediatra e gerente médica do laboratório Abbott, de São Paulo, Ana Paula Accioly. As possibilidades de desenvolver esta complicação aumentam em crianças prematuras que nascem com peso inferior a 1quilo, com histórico de displasia pulmonar (devido às lesões causadas pela ventilação artificial) e predisposição à asma, naquelas que ainda não completaram 6 meses na chegada do outono e do inverno, ou que sofrem de enfermidades crônicas (como doenças do coração). Bebês que não foram amamentados, que convivem com muitas pessoas ou freqüentam creches também sofrem maiores riscos de adquirir a doença. Para detectar se o VSR é o responsável pelo quadro, basta o pediatra fazer um simples diagnóstico por meio da coleta de secreção da nasofaringe. COMO EVITAR: não existe uma vacina eficaz para o problema, mas há um medicamento injetável que diminui as chances desta grave infecção em até 70%. Atualmente, a Sociedade Brasileira de Pediatria o recomenda para os bebês do grupo de risco (bebês portadores do vírus HIV, prematuros e de algumas doenças). Ele pode ser encontrado em clínicas particulares de imunização e, geralmente, é indicado durante os meses de sazonalidade do VSR. Outras maneiras de reduzir as chances de contágio são manter medidas básicas de higiene como lavar as mão, uma vez que o vírus é transmitido por secreções - sendo capaz de sobreviver por uma hora e meia sobre superfícies - e manter as crianças saudáveis separadas das infectadas. TRATAMENTO: aliviar os sintomas da doença de acordo com o quadro da criança, que pode ter entre os procedimentos o uso de broncodilatadores e nebulização. Nesta época do ano, o ar também fica mais seco, o que contribui para a disseminação de doenças decorrentes da alergia, fique de olho também na pele sensível do bebê Sinusite O QUE É: uma inflamação dos seios da face que ocorre devido a uma infecção viral ou bacteriana da mucosa nasal. "Os vírus ou bactérias se instalam no muco existente nestas regiões, provocando a inflamação que gera sintomas clínicos como dor de cabeça, sensação de peso na face, corrimento, obstrução nasal, tosse e espirro", detalha Renata. A sinusite pode ocorrer com mais freqüência em crianças alérgicas, já que nelas a produção de muco é maior. "Nestes casos é chamada de sinusite alérgica e o contato com alérgenos tende a piorar os sintomas", completa Gilberto Petty. O diagnóstico é feito por meio de exame clínico e radiografia. COMO EVITAR: para reduzir as chances da doença, é preciso manter uma alimentação saudável e equilibrada a fim de reforçar a imunidade. Hábitos de higiene, como lavar as mãos antes de comer e depois de usar o banheiro também são fundamentais e devem ser ensinados às crianças desde pequenas. Além disso, é preciso manter o nariz sempre limpo, evitando o acúmulo do muco. Basta usar soro fisiológico nas narinas três vezes ao dia. TRATAMENTO: recomenda-se analgésicos e antitérmicos e lavagem nasal abundante com soluções salinas várias vezes ao dia para aliviar os sintomas. Se a doença for causada por bactérias, provavelmente o médico indicará um antibiótico. Pneumonia O QUE É: uma infecção pulmonar bacteriana ou viral que atinge mais especificamente os alvéolos. Há vários graus de pneumonia, desde o leve, que pode ser tratado com medicamento em casa, até o grave, na qual é necessária a internação. Na maioria das vezes ela é precedida de gripe ou resfriado, especialmente os gerados pelos vírus influenza e pela bactéria pneumococo. "As vias aéreas têm uma flora bacteriana natural, que atua como um protetor. Quando a criança fica resfriada e acumula catarro, este sistema protetor falha, fazendo com que a infecção atinja a região do pulmão, causando a pneumonia", esclarece Gilberto. Os sintomas são tosse, febre, falta de ar, dificuldade para respirar, calafrio, dor no tórax, mal-estar pelo corpo, perda de apetite e, em alguns casos, vômito. "É uma doença potencialmente grave e quanto antes for diagnosticada, melhor", alerta Renata. Para diagnosticar, o médico avalia se há chiados durante a respiração e analisa os sintomas do paciente. Geralmente, também pede-se uma radiografia do pulmão. COMO EVITAR: a melhor maneira de evitar a pneumonia é ficar atenta à alimentação do seu filho e à higiene. A dica de lavar o nariz três vezes por dia também é válida. Crianças gripadas que apresentam vários dias de evolução sem melhora e sintomas como febre alta, tosse, mal-estar geral, apatia e perda de apetite devem ser encaminhadas ao médico para o correto diagnóstico e medicamento. TRATAMENTO: é feito com antibióticos e, nos casos mais graves, deve ter acompanhamento clínico hospitalar.

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